A poesia nasce entre fumaças,
revela-se na luz e nas sombras,
e no movimento das mãos.
Apressados e confusos,
os passos perdem o ritmo das horas,
cavalgam as nuvens no céu
de outubro.
A noite passa desfiando
palavras cortadas e bêbedas.
Na penumbra,atrás das portas,
o poeta embriaga-se em silêncio.
Poemas nascem,afinam o azul,
tímidas moças passam,abrem janelas.
esperam amores esquecidos,
guardados no vento.
Poemas em ondas deslizam nas águas.