Devagar qu´inda agora era Setembro
De areias tocadas de sol e vento
Desse odor a mar que ainda lembro
Vem Outubro tão calmo e ternurento
Caminha misterioso e dourado
Deixando no ar a melancolia
O seu passo envolvente e pausado
Escreve em mim mais amor, mais poesia
Doce Outubro, vindimas e colheitas
Entre os homens e Deus contas são feitas
Quem bem semeia bastante há-de colher
Em tela orvalhado de beleza
Com mil cores vai pintando a natureza
E meu peito num doce enternecer
Nita Ferreira