“Todo homem começa a morrer a partir do momento em que nasce, e termina no momento em que nem a morte lhe faz mais sentido”.
Neste sábado tivemos mais uma etapa do Curso de Extensão História e Cinema e o filme abordado dessa vez foi O Sétimo Selo, obra prima do genial Ingmar Bergman. A audiência foi macissa uma vez que, durante a semana fiquei abordando os participantes do curso e informando que não aceitava falta nesse dia. Uma das razões é porque o curso é presencial, outra porque gostaria que o maior número de pessoas assistissem esse filme que, no meu ponto de vista, é o melhor que o cinema já produziu até hoje.
A sensação de assisti-lo com o pessoal e de forma reflexiva me chamou a atenção e fiquei ansioso para ler os comentários. Como imaginei, boa parte dos assistentes não gostaram ou não entenderam o filme. Coisa natural em se tratando de O Sétimo Selo. Mas esse era o objetivo central do curso. Isto é, dar a oportunidade de estudantes de História, em sua maioria, ver um filme diferente com um olhar mais aguçado para o período medieval e no contexto da Guerra Fria.
As cenas escolhidas pela maioria foram destacadas da seguinte forma: no momento em que os artistas cantam uma música alegre e são bruscamente interrompidos pelos flagelados e uma música gritante ao som de tambores e chicotes apresentam um cenário de dor e sofrimento. Outra cena de impacto, segundo os assistentes, é o momento em que a mulher é queimada na fogueira e seu olhar apresenta um momento de dor e sofrimento como nunca visto. E outra cena bastante comentada é a cena em que o cavaleiro desafia a Morte para um jogo de Xadrez.
Por fim, vale salientar que o objetivo do curso é exatamente essa reflexão de que o cinema pode dar subsídios para o historiador/professor de História em estar apresentando novos olhares para seus alunos em sala de aula.