Nem pelejas nem invejas
têm o poder dos lautos céus,
que façam com que eu te
olvide, ou de mim me oculte.
És a flor com que a natureza
me enobreceu e me fez feliz
assim, quando me sussurras
ao ouvido, palavras de amor.
Querias um mundo todo bom
com passarinhos e mil jardins,
onde eu te desse o meu amor
infinito, na corola das florinhas.
És um bem te vi chamando-me
detrás da janela, possuída pela
chuva e teus olhos marejam de
tristeza pela lonjura a nós dois.
Alimento do que está longe de
nosso alcance, para abraçar-te
sem te apertar, dizendo da
natureza, bem que te desenha.
Linhas paralelas nos dizem,
amor eterno, eterno amor, de
hoje e de sempre quais cavalos
trotando nos nossos corações.
Mas eu tenho esperança que
tudo se altere e que, por fim,
nos possamos amar na realidade
do tempo, almiscarado tempo.
Voa passarinha, que meu poiso
é certo, e ver-te assim tão perto
será um sonho realizado, o beijo
que te darei, carinho de uma vida.
Jorge Humberto
09/10/10