A noite
É mais funda que o dia
Dizia o sábio.
O sol
Está bem aqui
Mas a noite vai fundo
Sem fim.
Só que a sabedoria da madrugada
É siamesa inseparável da matutina
E eu creio na voz da alvorada.
Creio na poesia
Das manhãs
Pura quanto pode
Ponte do sonho ao som
Do sono à sanha.
Ela é livre
Desbragada de paradigmas
A mãe matinal.
A vida era trabalho
Infinita enquanto era
E a felicidade
Era do guerreiro
A alegria
Era do grande transmutador
Que ordenava inconscientemente.
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