Só ingratidão
Nunca me esqueço, quando fui criança
Plantei uma nespereira ao sol poente
E cresceu junto comigo uma esperança
De provar dos seus frutos, brevemente
Mas um dia veio o vento e a entortou
Indo frutificar na chácara do vizinho
E quem outr'ora, com amor a plantou
Não pode provar o seu doce gostinho
Daí em diante pela minha vida inteira
Tudo que fiz na minha longa carreira
E tudo de bom que na vida eu semeio
Nunca quis florescer no meu quintal
Pagam-me o bem que eu fiz, pelo mal
E sempre prospera no quintal alheio.
jmd/Maringá, 09.10.10
verde
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