Poemas : 

De volta, solo materno

 
Tags:  serena idade  
 
Revisito o silêncio
do prado que me criou:
o céu ainda é o limite
entre o sonho e onde estou,
aqui, no solo materno
de onde a vida me arrancou.

Invisto a intimidade
que me vigiou a ausência:
o vento ainda é veículo
que me traz a ingénua essência
do meu ouro tresmalhado
por searas de involvências.

Desaperto os nós já cegos
pelo pó do abandono:
a velha árvore sem frutos,
sem restos de medo e dono
ainda guarda os seus ninhos
em sazonal régio trono.

Aperto ao peito regressos
dos gritos em vão tolhidos:
na diluição das lembranças
firo a frio os tempos idos
e acordo dos vendavais
para os sonhos não cumpridos...


Teresa Teixeira


 
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Sterea
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Enviado por Tópico
adelaidemonteiro
Publicado: 19/01/2011 11:20  Atualizado: 19/01/2011 15:27
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 Re: De volta, solo materno
E quando os sonhos mortiços
se me avivam em grito
a libertar-me a garganta
respiro fundo e crio
de novo sonhos e esperança

Como sempre, gosto do que escreves.

Um beijo

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 19/01/2011 11:39  Atualizado: 19/01/2011 11:39
 Re: De volta, solo materno
Lindo regresso ao solo materno quantas lembranças,
amei seu poema.


beijos

Enviado por Tópico
AuroraRosado
Publicado: 21/01/2011 18:37  Atualizado: 21/01/2011 18:37
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 Re: De volta, solo materno
Muitas vezes, o regresso, longe de ser um retrocesso, é o primeiro passo do recomeço. Que saudades desta poesia rica como a alma de onde brota!
Beijinhos