A TELA EXIBIA CORES TRISTES,
O PINTOR DESCREVIA COM A TINTA, TUDO QUE SENTIA...
AS PINCELADAS ERAM CINZENTAS,
NÃO HAVIA ALEGRIA!
POR OUTRA, REPRESENTAVAM VERDADEIRA AGONIA...
AS CORES DO ARCO ÍRIS FICARAM PARA TRÁS...
PALAVRAS CONTIDAS NA TINTA DA TELA,
DAVAM PARA SER ENTENDIDAS.
ABSTRATAS CORES,
REVELAVAM MUITOS DISSABORES...
ELE INSISTIA EM SEU SONHO
QUERIA CONTINUAR A PINTAR
ERA SUA ALMA DE ARTISTA QUE FALAVA MAIS ALTO,
EMBORA O TEMPO DAS PINCELADAS,
ESTIVESSEM NÍTIDOS NAS LEMBRANÇAS
ELE AINDA ASSIM, TENTAVA RETRATAR MAIS UM DE SEUS TORMENTOS
AS EMOÇÕES TRISTES QUE SUA ALMA TRAZIA
QUANDO LOUCO, INSANO
TRATAVA A TELA, COM AS CORES DE SEU PRANTO...
UM ESTILO GÓTICO,
UMA PALAVRA SURDA AOS OUVIDOS ALHEIOS,
MAS ERA ASSIM QUE ELE VIA
SEUS PRÓPRIOS DEVANEIOS...
A FORÇA DO SEU PENSAR
SE ENCONTRAVA AGORA
EM DESENHOS INDESCRITÍVEIS
PINCELADAS DE MUITO CINZA
A OBSERVADORA, SENTIA A COMPLEXIDADE DAQUELA ALMA,
CONSEGUIA ENTENDER O QUE O PINTOR PASSAVA,
COM TINTAS MESCLADAS DE CORES SOTURNAS,
E DEIXAVA CAIR UM LÁGRIMA,
EM CUMPLICIDADE COM O PINTOR,
ENTENDENDO A SUA PROFUNDA DOR...
FÁTIMA ABREU
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Re: A TELA E A VIDA
