Que dizer da noite
Do som e do silêncio
Do neon ardente
Que vigia a cidade
E do olhar insano
Nas muralhas de vento
Rosas perdidas
Na intensa claridade
Que dizer dos outros
Do tempo e da razão
Das almas em prece
Em risco de saudade
E da fé traida
Nas ruas incertas
Rosas perdidas
Na imensa ambiguidade
Injecta-se o veneno
Nos corpos já feitos
Na luz e no mêdo
SaidSerra