(da Alma)
...
doutros Tempos
doutras Gentes
doutras Vidas
doutras Eras...
Em que negros queixumes
em que Dias distantes
em que Prados e Amores
deixei presa a minh'alma?
Tudo tinha que Mudar,
está em Mim a Raiz
sou cansaço do que fui
sou o "Filho" que nunca quis!
De que estranha Saudade
de que trevas profundas
de que Sonhos cansados
de que erros e lamentos
cheguei Eu agora?
Ai! Minha Taça
meu punhal
minha espada
meu Graal...
De que guerras sem fim
de que Entranhas duvidosas
de que Rezas ilusórias
de que medos e solidões
trago Eu Memórias?
Ai! Minh'alma Lusitana
meu Porto do Graal
meu Punho de Poeta
meu Ser é Portugal!
RICARDO LOURO
Ricardo Maria Louro