Poemas : 

DOR POBRE

 
Tags:  amor    dor    cuidados  
 
DOR POBRE

De quando
em vez
alguém descobre

O quanto
dói
essa dor pobre

Decomposta
exposta
aos frangalhos

Fazem-me
unguentos
curativos

Depois
de um tempo
vão embora...

Largam-me
tão curado
quanto morto

É aí
que eu me
pergunto

Se sarar
importa
tanto

E se a morte
é o cúmulo
da falta de dor


Gê Muniz

 
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GeMuniz
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Enviado por Tópico
JBMendes
Publicado: 13/10/2010 13:35  Atualizado: 13/10/2010 13:35
Autores Clássicos
Usuário desde: 13/02/2010
Localidade:
Mensagens: 5222
 Re: DOR POBRE
Querido poeta GeMuniz - Seu poema revela a indiferença dos curandeiros... Aplaudo.
Um abraço fraterno.
JBMendes


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 13/10/2010 13:37  Atualizado: 13/10/2010 13:37
 Re: DOR POBRE
DOR POBRE, primeira vez que vejo mas confesso concordo plenamente.


fabiofan


Enviado por Tópico
anakosby
Publicado: 13/10/2010 13:41  Atualizado: 13/10/2010 13:43
Colaborador
Usuário desde: 12/04/2010
Localidade: Torres
Mensagens: 1739
 Re: DOR POBRE
Dor pobre
cura nobre
retalho de chagas
dor pobre
que encobre
os amores que afagas
e perdes-te
em um caminho
doído vento
que roda o moinho
moendo coração
em farinha de sentimento.


beijo. Adoro ler-te.


Enviado por Tópico
carolcarolina
Publicado: 13/10/2010 13:43  Atualizado: 13/10/2010 13:43
Colaborador
Usuário desde: 24/01/2010
Localidade: RS/Brasil
Mensagens: 9299
 Re: DOR POBRE
Amigo Poeta
Gê!

Poeta fiquei confabulando com os meninos.
Essa dor pobre deve ter um duplo sentido, ainda mais brotada da mente de um poeta tão inteligente e hábil como o meu amigo Gê.
Pode ser aquela dor que ninguém vê ou não quer ver ou a do corpo, como saber?
Bjo no coração poeta, um dia eu consigo captar o que meu amigo transmite.
♫Carol


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 13/10/2010 14:06  Atualizado: 13/10/2010 14:11
 Re: DOR POBRE
Os ciclos. Na primavera um arvoredo, colhe pássaros e vida ao céu, com ramos atulhados de verde e sol, por dias incertos, que passam com pressa nas asas do inverno. E, o raio de luz matinal, ainda não se fez esquecer, quando a lua já se deita ao lado da dor. A compressa ao peito cheia de vida, cheia de pressa. Imenso, imensa, fugaz, tão permanente. Morto.


um abraço
nuno