Que amor é esse?
Tão forte, tão certo, tão pouco
Tão fraco, tão perto, tão louco!
Que amor é esse?
Que arranca do peito e das entranhas
Sentimentos de raiva, de ódio
Que emerge de uma força tamanha.
Que reage, reconhece o erro
E num sobe e desce, desfalece
Numa simples imagem de Internet.
Um amor que destrói todas as juras
Que combina confiar, mas, por teimosia
Perde-se nas entre linhas de uma poesia.
Um amor que grita, uiva enraivecida, possessa
Ao mesmo tempo, que se delicia
Como loba vadia em noite de lua cheia
E no final, semeia a paixão eterna!
Que amor é esse?
Que não acaba nunca, maior que os ciúmes
Maior que a fúria, de tão persistente
Chega a ser insolente, não se tem como fugir!
Um amor que massacra, que fere, que mata
Todas as vontades de partir
E que por sempre, acaba a desaguar
Em mares de lágrimas
Quando um ou outro não chega junto.
Que amor é esse?
Tão forte que não consigo desvencilhar-me
Por mais que eu queira
Por mais que eu desista, ainda assim,
Que eu insista a ficar longe, fugir para onde?
Se em qualquer lugar, perto ou distante
Sentiria o mesmo, Essa dor que dói
E perfura meu peito.
Que amor é esse?
Por favor, responda-me de onde veio?
Para onde vai?
Esse amor que transpassa o tempo, argumentos
E por mais que eu tento
Parece acabar... Nunca mais!
PCoelho
PCOELHO