Ela era, tão neurótica
psicótica,caótica e sem ótica.
Morreu como havia de morrer
à porta, apoptótica.
Morreu como havia de morrer
Abrindo as vísceras de sua idade
em poesia que queria ser erótica.
Pobre mulher solitária
em sua cena gótica!
Achando-se assim, apoteótica!
À porta, parva, com cara de larva
admitindo-se pândega de ânsia
em poesia esclerótica!
Já velha a coitada,
sem ser coitada,
ressequida da vida.
(Mal comida, pela minha análise
semiótica)
Ana Lyra
Para que não hajam melindres, este poema é um poema que visa apenas dar continuidade à semana sátira em meus escritos aqui no lusos.
Não é para ninguém em específico, será que seria para eu mesma?
Pode ser...quem sabe?
Sátira tem disso não é mesmo?
ABRAÇO.