lembro-me
de teus dedos
que se cruzam na timidez,
de dias e dias sem expressão
foste
menina, de olhar meigo
mulher de braços abertos
acolhedores e pacientes.
Na incerteza de cada dia
foste
por força da natureza
a luz que na escuridão
mostrou o caminho do fruto
que se desprendeu do ramo
conheço
teu colo teu abraço
tuas lágrimas que eram minhas
teu rosto,
teus olhos
serão mais que memoria