As vestes do ciúme
Se incorporam nesse seio
No traje da esfera maldizente
Apregoada a insensatez
No plano da negrura insuflada
E no rendilhado da hipocrisia falante
Ultimado o vulgar queixume
No pressuposto do rastreio
Que esmiúça um bolor condizente
Urge descolorir a morbidez
Da teoria assaz inflamada
Envolvida no vil arrogar pedante
Desvanecido o azedume
No desmembrar do bloqueio
Que foi criado sem razão aparente
Restaurada a lucidez
Filtrada pela lúcida coordenada
Caminharam resolutos por diante
Entre a união mais singela
Ou na que emerge da herança
Há que evitar uma sequela
Com a mais forte pujança
Não será preciso sentinela
Se for dado valor à confiança
António MR Martins
2010.09.29
António MR Martins
Tem 12 livros editados. O último título "Juízos na noite", colecção Entre Versos, coordenada por Maria Antonieta Oliveira, In-Finita, 2019.
Membro do GPA-Grupo Poético de Aveiro
Sócio n.º 1227 da APE - Associação Portugues...