Ouço bater nautas ondas no meu peito!
E desloco meu coração ao belo mar
Como ironia, amor ou ilusão de amar
Deito meus sonhos em tão belo leito!
E faço-me sonhar sem medo do temporal
Sou nauta destemido e procuro o tesouro
Aquele que perdi num cofre de oiro
Procuro meus sonhos num universo normal!
E aquele mar que tanto me enfeitiça
Veste-se de ternura e baliza
O meu sentimento mais escuro!
Diante de um Jó ou numa prece mais nobre
Quero ter de novo o belo cofre
Dos sentimentos mais puros!
"Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende." (Guimarães Rosa)