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Morte da poesia.

 
 
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E reverberava a mesma, nada intelegível, catilinária...

espessa!

E na vasta decaída queda
pela fresta do desvio, luz fusca, esgarça

Construção mimética, sem métrica,
repetitiva, reverberativa.

Nefasta!

Gasta!

Texto só, sem ponto nem nó.

Significancia repetetitiva em prosa/poesia casta.

Sem procriar verbos, infrutífero fomento
trêmulo mento, flácido verbo,
apoplético movimento...

Amplexo sem nexo,

em lexo convexo/controverso.

Na revoada de palavras, destoadas,
à monotonia, alma arrasta!


Decaída, vil, auto-prosopopéia, da mente/plasta!


Pobre sinapse sem ápices de criatividade,

escassa!

Humana desumanda desdita, desgraça.

Foi-se a inspiração
ficou a mesma canção
cantando em um reverbero sem graça.




Ana Lyra

 
Autor
anakosby
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Enviado por Tópico
Karla Bardanza
Publicado: 28/09/2010 14:15  Atualizado: 28/09/2010 14:15
Colaborador
Usuário desde: 24/06/2007
Localidade:
Mensagens: 3263
 Re: Morte da poesia.
Adorei também e lvo comigo!

Beijo

Karla B


Enviado por Tópico
JBMendes
Publicado: 28/09/2010 14:26  Atualizado: 28/09/2010 14:26
Autores Clássicos
Usuário desde: 13/02/2010
Localidade:
Mensagens: 5222
 Re: Morte da poesia.
Querida poeta Analyra - Seu poema dá um puxão de orelhas em quem escreve poemas usando apenas o valor onomatopaico das palavras,, sem engajamento com a vida. Pode até ficar bonitinho, mas inútil como uma pérola perdida no fundo do mar...
Um abraço com afeto.
JBMendes


Enviado por Tópico
gabrielas
Publicado: 28/09/2010 14:38  Atualizado: 28/09/2010 14:38
Colaborador
Usuário desde: 03/09/2010
Localidade:
Mensagens: 539
 Re: Morte da poesia.
certíssima. está gasta e mais que gasta. na verdade este site deixou de ser de poesia.
restam apenas por aí umas fórmulas gastas e coxas.

que pena.
(tem uns lapsozitos de digitação no seu texto)

gabrielas



Enviado por Tópico
Epifania
Publicado: 28/09/2010 14:49  Atualizado: 28/09/2010 15:21
Super Participativo
Usuário desde: 02/07/2010
Localidade:
Mensagens: 179
 Re: Morte da poesia.
- Gosto da expressividade com que sempre escreves. Como uma força que determina, onde e quando se despejam as palavras, Se num saco roto, ou se num local onde elas se misturem e façam acontecer; talvez não a poesia que todos conhecemos, (essa sim está gasta, mesmo semeando uns grãozinhos aqui e ali), mas aquela que cria novas correntes a entrar pelos olhos de quem sofre algum mal da visão, e pelos ouvidos de quem sofre de entupimentos lazarentos.

- Ui!Ui! e eu que queria ,(criando) paz e sossego neste dia de sol. Talvez a Epifania esteja a sofrer de um mal necessário, para voltar á sua forma original, originando novas cores para que seus olhos voltem a ser uma taleiga de estrelas. O lázaro eu sei quem foi, agora entupimentos lazarentos....Passou-se Ana-lyra

Beijo
E
Abraço


Epifania & Ainafipe


Enviado por Tópico
GeMuniz
Publicado: 28/09/2010 18:51  Atualizado: 28/09/2010 19:31
Membro de honra
Usuário desde: 10/08/2010
Localidade: Brasil
Mensagens: 7283
 Re: Morte da poesia.
Sempre tive em mente que quem escreve, escreve o que pode, não o que quer. Se tu estás para escrever assim, escreve, que é o mais importante... Se é outro que escreve, paciência. Tudo muda... O que é escrever um mês assim para quem tem a vida toda para escrever? Isso se for este tempo todo...

bjs,


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 28/09/2010 20:19  Atualizado: 28/09/2010 20:19
 Re: Morte da poesia.
Foi-se a inspiração
ficou a mesma canção
cantando em um reverbero sem graça.




E mesmo com a falta, tu transpassa o que vai além das letras... Gostei muito Ana.

Beijos e bicos rsrs


Enviado por Tópico
DianaBalis
Publicado: 28/09/2010 20:42  Atualizado: 28/09/2010 20:42
Membro de honra
Usuário desde: 23/07/2006
Localidade: Rio de Janeiro
Mensagens: 535
 Re: Morte da poesia.
Mata a sede de vingança da sua crua vontade de escrever. Ser prosa entreversos cantigas dos sentimentos alados que foram ao além de ti mesma. Adorei seu texto. Beijos.


Enviado por Tópico
PROTEUS
Publicado: 28/09/2010 22:28  Atualizado: 28/09/2010 22:28
Colaborador
Usuário desde: 27/03/2010
Localidade:
Mensagens: 3987
 Re: Morte da poesia.
DESTRUIDOR
Autor: Carlos Henrique Rangel

Talvez eu seja
Esse destruidor
De palavras
Fere a carne o mau uso
Que faço das letras...
Minha navalha
Rasga as rimas
Apunhala os significados
Pisa nos significantes...
Sou o monstro...
O estuprador de vogais...
Espancador de metáforas...
O troglodita dos amores...
Talvez eu seja
Esse ser de mesmices
De caducos sentidos
Sentindo mal o que
Outros sentiram...
EU NÃO SEI...




Enviado por Tópico
Henricabilio
Publicado: 29/09/2010 07:37  Atualizado: 29/09/2010 07:37
Colaborador
Usuário desde: 02/04/2009
Localidade: Caldas da Rainha - Portugal
Mensagens: 6963
 Re: Morte da poesia.
se a poesia se dana
logo a alma delira...
Mas se não inspira Ana,
inspira Lyra.

1 abraço0!

Abilio*