Este poema vai ser um desabafo
Nada de abafo
Tudo declaro perante a lei,tudo,tudo,tudo
no entanto nada
Sua pele é minha lei
Suas mãos são o poder legislativo
seus pés o judiciário
seus seios poder moderador
seus olhos o executivo
Sou uma pedra que escuta o mar
á amar a areia e nela se balançar
e nada pode falar
Já que não posso falar
não devo falar
Sou um farol que se encontra na praia
sou o farol da cidade “Perdição”
sou um farol sem luz
sou um porto pirata
dentes de camelo
Sou o que você não gosta de ver
no pairar no qual me verá
sou a maior revelação da tua alma
pois tua alma é suja
encardida
e compreendida por mim
Sou anti-democrático
e para as tuas mãos ácido muriático
e encardida ainda segues
Te deixo para sempre
o nosso umbigo umbilical
cortou-se,o parto deste nosso encontro
foi no mato
te deixou feito filho mulato
que corre atrás de pai ingrato
LUCAS LIMA M.