Entre o justo e o incerto,
Entre o querer e o precisar,
Perdido nesses entremeios,
Buscando o princípio do começo,
Do fio da meada do meu pensar.
Buscando na vida a agulha da palha,
Querendo entender a outrem por primeiro,
Perdoando o que não devo, só por comodidade,
Criando o emaranhado da paranóia do eu,
Teia da vida das aranhas fantasmagóricas.
Paranóia nos versos e por si só,
Confusas reflexões dos verbos do poema,
Subjetivas conclusões implícitas nos resultados,
Equações incertas nessa matemática ilógica,
Da cronologia do pensar, só por pensar.
Entre o céu e o inferno,
Entre o lúcifer e todos os anjos,
Entre o absoluto da vida e suas incertezas,
Que se percam todos os amores, todo sentimento,
Menos os meus - e por mim.