A vida
É o útero.
É útero em cada nada
É útero de tudo em cada tudo.
A sopa salgada
Denunciava a paixão
Sempre livres
Elas queriam correr.
A caverna soturna
Cavocavam
Toupeira bacantes
Alargavam a foz!
O amor
Derrubará todas as paredes!
A força no amor
Maestra sobre a dor
Abrigará fulgor
Aquietará todas as línguas.
Mil terremotos!
As fendas dançam!
Mil mananciais inodoros!
Ah erotismo primordial que me assombra!
Diz-me
Diz-me agora
Teu nome
Canta tua sombra.
Coça os cílios e diz
Diz o que é que precisas fazer
O que é que precisas conquistar?
E é em nome de mim?
Ah profano ingrato!
Não é em nome de mim?
Em nome do último nome além do nome?
Em nome do nome que reúne os mais brilhantes nomes?
Fantasias
E depois questiona
Rejeita e renega
Mas bem vos digo
Bem vos digo pupilos e musas:
Perdessem-se as tuas fantasias
Perdiam-se junto todas as alegrias.
orgasmagia.blogspot.com