Poemas :
Old life, of old King II – The Shadows…
Nota breve de autor:
O poema que se segue é uma saga de seu nome: “Old life, of old King…” (“Antiga vida, de antigo Rei…”);
Este conto em forma de poema será dividido em três a quatro partes sendo cada uma destas, constituída por quatro a cinco páginas;
Sendo que está é a segunda parte do conto.
Espero que gostem e que se envolvam…
Boa leitura…
Caso ainda não tenham lido a primeira parte; aqui está o link da mesma:
http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=51631
Com os melhores cumprimentos
Blackbird…
Old life, of old King II – The Shadows…
(Antiga vida, de antigo Rei II - As Sombras…)
Vasculho dentro de mim.
Procuro saber que sou;
Grito por mim,
Nem o eco me traz respostas…
Quem sou?
Quem terei sido…
Abro portas de um labirinto
Que sem eu saber há em mim…
Sangue?
Toda esta divisão dentro de mim
Está repleta de sangue…
Quem terá vivido aqui?
Quem eu fui?
Quem sou?
Um papel no chão…
Talvez esse diga quem sou.
"Eles vêm novamente eu sei!
Sinto os tambores a retumbarem
No meu corpo…
Eles vêm aí e eu não tenho mais forças
Não tenho forças para combater mais!
As mulheres gritam
Os homens estão desesperados…
Eles são demasiados!
E nós tão poucos!
Deuses…
Ajudem-nos!
Olho à minha volta.
Tenho o olhar turvo
Vejo à minha volta semblantes.
Terei morrido?
Não, isto não é o céu…
Estou demasiado quente
Para estar no frio da morte.
Estou deitado?
Sim estou deitado;
Na minha cama…
Os rostos delineiam-se
A minha filha…
As aias…
Os guardas oficiais…
Sim;
Foi um pesadelo.
Deuses! Tudo não passou
De um simples pesadelo…
Dizem que estive a dormir
Num estado febril durante dias…
E que gritava, gemia, urrava;
Estava a ter pesadelos…
Mas pareciam-me tão reais!
Como sombras,
Dentro de mim…
Os dias passaram…
Melhorei e finalmente;
Após dias e dias trancado
Pude finalmente voltar a ver os campos
E tudo aquilo porque lutei;
Eu rei sem trono de escravos!
Eu rei sem coroa…
É bom estar aqui novamente;
Sentir o cheiro da erva;
O cheiro das agriculturas;
Do trabalho…
As crianças a brincar
Por entre risos e ervas daninhas…
É bom sentir assim o vento
Que passa suavemente pelo meu corpo
É como se por instantes
O tempo parasse por aqui!
Assim como eu...
Para descansar;
Para ver a vida
Em todo o seu ousado
E magnifico esplendor!
Por vezes desejo-me assim.
Parado aqui,
Sem as pressas que o tempo impõe!
Mas eu sei
Que a vida não é assim.
A vida continua…
Um dia eu já não estarei cá
Já não poderei proteger toda esta gente…
Quem o fará?
Não… não pense-mos nisso…
Ainda estarei cá
Por muitos e muitos mais anos.
Serei eu a protege-los;
Como sempre fiz,
E continuarei a fazer…
Eu com a minha armadura…
E a minha espada…
A minha espada…
Cada vez me pesa mais;
Cada vez me dói mais;
Ter de a carregar à cintura.
Parece que a cada dia que passa
Ela pesa cada vez mais;
E de cada dia que pesa
Parece que dentro dela
Existe sempre uma batalha
A ser travada…
Tentei descobrir;
Com os meus simples dotes
De aprendiz de ferreiro
Mas nada detectei…
Apenas sei
Que é uma espada normal
Comum de ferro.
Como todas as outras que usei
Ou vi usar.
Nada mais e só isso…
Deixo de lado as memórias
E nesta paz adormeço…
Luto novamente…
Contra tantos;
E eu tão só!
Será sonho?
Um pesadelo da antiga batalha
Em que defendi a minha aldeia
E todos os que amava?
Não…
Esta é diferente.
O Inimigo não é o mesmo.
Mais hábil,
Mais rápido,
Defende-se e executa melhor os ataques
Que impinge contra mim…
Eles são tantos…
Todos iguais…
Iguais…
A mim!
São todos;
Eu!
Que pesadelo este em que luto
Só e contra tantos…
Eu…"
O pergaminho está borrado
E quase,
Diria que por tentativa;
Queimado…
Quem escreveu isto,
Ou quem aqui o deixou;
Não queria que ninguém lesse isto…
Mas quem terá escrito isto?
E porque queria esconder isto?
Terei sido algum dia;
Eu?
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.