Como custa esperar… esperar
Por algo que seja rutilante
É como navegar, navegar
E não ver cais para atracar
É tão inexorável a indiferença
O silêncio um atroz suplício
A frieza no espírito inclemência
Como uma vertigem de precipício
Porque tens tanta perversidade
Porque só pensas no teu umbigo
Porque vês no desamor originalidade
Insensível, vem cá, fala comigo
Amor, eu nem te estou a culpar
O mal provém da minha mente
Porque fui eu, cegamente sublimar
Um amor tão grande e imprudente