Poemas : 

( SEM TITULO)

 
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É uma tarde de chuva, e num misto de aromas indigestos me consumo...
“Sabe-me bem este café cigarreado”
Despojei-me das velhas penas que trazia.
Estavam velhas, gastas, debotadas e descoloridas, faziam-me mal à alma, ao espírito e até mesmo sentia dificuldade em encontrar algo que combinasse com elas.
Aquelas velhas penas...
Terei certamente saudades delas, mas para quê guardar penas velhas agarradas ao nosso mais intimo ser, não nos vão servir de refúgio, de aquecimento e muito menos de reconforto.
Portanto, adeus velhas penas, agora, é só esperar que outras mais nobres se ergam e me acompanhem sem contratempos na minha (espero) longa viagem.
Comecei então pelo princípio.
Mas onde é o princípio?
Será que quando pensamos em começar algo, esse mesmo já não existe dentro de nós, nalguma prateleira esquecida e empoeirada?
Seguindo um raciocínio lógico e informal, acabarei no final, não sei onde fica, como ninguém sabe onde é o fim do mundo, certamente fala-se demais de coisas que não existem.
Quando será o final, será que existe mesmo, será que tudo começa e termina num espaço e num tempo limitado?
Não creio, descrente de traçados destinos como sou, diria que o bálsamo da vida é esta incerteza de viver. Agarramo-nos demasiado a seguranças que no fundo não o são, porque ninguém nos diz o que vamos descobrir a seguir, essa é a tentação do fascínio, o mistério do desconhecido.
Aprendi que nada na vida é ao acaso, não receio o futuro, nem nego o passado, vivo sem reticências o presente, e que se dane se for chamado de saltimbanco, vagabundo, maltrapilho, que se dane não ter em mim os pensamentos de Descartes, Kant e outros pensadores, tenho os meus, seguro daquilo que sou, e de para onde quero ir...
(continua)...


O meu primeiro livro..
Podem encontrá-lo em:

http://www.worldartfriends.com/store/ ... flor&submit_search=Search.

Atenciosamente.

Este é apenas um trecho de algo que estou a adorar escrever, e estou a fazê-lo com uma satisfação indescritivel.
Espero que gostem
Beija-flor
 
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Beija-Flor76
 
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Enviado por Tópico
Runa
Publicado: 24/09/2010 20:56  Atualizado: 24/09/2010 20:57
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Localidade: Santo Antonio Cavaleiros
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 Re: ( SEM TITULO)
E quando vamos ter o privilégio de assistir ao 2º capitulo? Será que estamos perante um novo folhetim que nos irá prender à tela do computador, sempre à espera do episódio seguinte? rsrs.

Agora a sério, gosto de te ver, num estilo mais solto. Livre da obrigatoriedade da rima, que tu bem dominas, mas que prendem e condicionam as ideias. Se andas ainda à procura de um titulo, que tal: "A mudança da pena"?


Grande abraço, amigo João.


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 24/09/2010 21:17  Atualizado: 24/09/2010 21:17
 Re: ( SEM TITULO)
Olá amigo poeta/filósofo! Para que outros filósofos se a tua filosofia de vida é real, coerente e cheia de sede de viver? Tens toda a razão, não precisas seguir ninguém, pois teu discernimento é o melhor caminho. Parabéns pelo texto!!!! Gostei demais!

beijos e uma ótima noite!


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 24/09/2010 21:21  Atualizado: 24/09/2010 21:21
 Re: ( SEM TITULO)
João querido amigo,tantas divagações, dúvidas e inquietações que também são minhas... tu escreve que encantas, beijos enorme .


Enviado por Tópico
luciusantonius
Publicado: 24/09/2010 21:28  Atualizado: 24/09/2010 21:28
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 Re: ( SEM TITULO)
Caro poeta
Agradou-me muito ler no fim a palavra “continua”, que me leva a crer que este texto é simplesmente o inicio de um trabalho longo (ou relativamente), que lhe vai proporcionar a excelente oportunidade de levantar questões que a todos dizem respeito e interessam. Um lúcido divagar sobre um mundo de interrogações como “o despojar de velhas penas”, “palavras esperançosas em relação ao amanhã”, “o divagar sobre o principio e o fim das coisas”, “o dramático que seria sabermos quando o fim daquilo que sendo trágico nos é fatal” etc. Enfim direi, estimado poeta que com este seu texto abriu uma porta que vai dar saída a um mundo de divagações em que todos estamos interessados em reflectir, desejo-lhe e tenho a certeza de um bom trabalho, ficamos a aguardar.

Um abraço


Enviado por Tópico
JOSÉMANUELBRAZÃO
Publicado: 24/09/2010 21:28  Atualizado: 24/09/2010 21:28
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 Re: ( SEM TITULO)
JÁ NÃO ME SOBRAM PALAVRAS PARA O COMENTAR.

MAS TENHO UM CÓDIGO: ENCANTO, MUITO ENCANTO!

Abraço do ZÉ


Enviado por Tópico
carolcarolina
Publicado: 25/09/2010 02:54  Atualizado: 25/09/2010 02:54
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 Re: ( SEM TITULO)
Poeta Beija-Flor!

Belo texto!
É verdade poeta és o pensador do teu próprio destino porque ficar te preocupando com os outros?
Vou esperar o próximo capítulo.

Bjo no coração
♫Carol


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 25/09/2010 03:41  Atualizado: 25/09/2010 03:41
 Re: ( SEM TITULO)
Amado poeta João

É bom te ler, é essencial. Cada vez que leio é como alcançar um pedacinho do céu. Que estas novas asas estejam mais fortalecidas e essas penas de um colorido arco-iris. Que o voo seja cada vez mais alto e longe. Com ventos a teu favor.

Beijo bom, não é de Portugal mais tb é legal,rs

Rosangela


Enviado por Tópico
anakosby
Publicado: 25/09/2010 03:50  Atualizado: 25/09/2010 03:50
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Mensagens: 1739
 Re: ( SEM TITULO)
Adorei esta nova plumagem. Tens um conteúdo belíssimo!
BEIJO!


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 25/09/2010 13:49  Atualizado: 25/09/2010 13:49
 Re: ( SEM TITULO)
Um estilo que muito aprecio.Novas penas ,novas plumagens por vezes se fazem necessárias,e coragem para se livrar delas é algo que dói,mas passa.
abraços
MARY


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 25/09/2010 22:09  Atualizado: 25/09/2010 22:09
 Re: ( SEM TITULO)
Gostei muito desta tua vertente, João. Espero que continue a dar-te tanto prazer escrever, como aquele que tive ao ler-te.
Parabéns

Maria