Santo Tirso, 3 de Setembro de 2010
Sentado na esplanada do Centro de Santo Tirso, neste lugar estratégico, reparo que no meu horizonte a terra não é plana.
Estendem-se montes que fazem a terra ondulada de verde-escuro dos pinheiros. Nesta manta que observo, distingo pontos luminosos de cor branca, amarela e vermelha das casas, como se um pintor, na sua tela verde, a tivesse salpicado de tinta multicolor. Nesta calada mansidão da paisagem, respira-se ar puro e goza-se de alguma liberdade. No entanto, reparo agora, com alguma preocupação, que no cume do monte, ergue-se uma nuvem cinzenta a querer ofuscar a beleza da paisagem e ameaçar um incêndio de grandes dimensões, como se de ciúme, alguém quisesse alterar o bem-estar e a candura da natureza.