Sonetos : 

MENDIGO SONETOS

 
 
Durmo sobre esta escrita atordoada,
Sem certa convicção dessa intenção…
A procura da escrita organizada
Talvez me seja contra a minha opção!

Meus pensamentos são mornos na mente,
Flutuam pelas ruas ao acaso!
Trespassam o meu crânio envolvente,
Deixam o meu fluir bastante raso!

Fiquei sem as palavras que aprendi,
Pois voltaram p´rós livros que já li
E com eles arderam esquecidas!

Tornei-me num poeta que mendiga
Sonetos como de antes, sem intriga,
Visto-me das escritas mais perdidas!

António Botelho


A arte é um mundo à parte

 
Autor
antóniobotelho
 
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Enviado por Tópico
Cíntia
Publicado: 23/09/2010 15:20  Atualizado: 23/09/2010 15:20
Super Participativo
Usuário desde: 01/03/2010
Localidade:
Mensagens: 149
 Re: MENDIGO SONETOS
Em agradecimento ao singelo comentário, vim para retribuir e conhecer o seu encantador trabalho... Apaixonei... Voltarei quando houver tempo, abraços poéticos!


Enviado por Tópico
Avozita
Publicado: 23/09/2010 15:37  Atualizado: 23/09/2010 15:37
Colaborador
Usuário desde: 08/07/2009
Localidade: Casal de Cambra - Lisboa
Mensagens: 4549
 Re: MENDIGO SONETOS
Adorei ler este belo soneto.

Mendigo de sonetos,
rico em palavras poéticas,
que juntas formam poesia.

Abraço
Antonieta


Enviado por Tópico
Almeida
Publicado: 24/09/2010 09:54  Atualizado: 24/09/2010 09:54
Participativo
Usuário desde: 27/01/2009
Localidade: Chaves
Mensagens: 15
 Re: MENDIGO SONETOS
Continua a mendigar, ou melhor a colher versos que eles nascem como as flores que só são para quem as olha. Gostei da imagem das palavras que leste e voltaram para os livros, mas se esses arderam, de certeza houve "outras ediçoes"

Abraços

Fernando


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 27/09/2010 11:24  Atualizado: 27/09/2010 11:24
 Re: MENDIGO SONETOS
Mendigo ou nao mendigo, o soneto ficou perfeito! Parabens, Antonio! Abracos!


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 27/09/2010 21:40  Atualizado: 27/09/2010 21:40
 Re: MENDIGO SONETOS
Olá, amigo poeta! Uma crise existêncial poético-criativa? Ah, mas é nesse hora que a gente arranca da alma os escritos, a gente briga com os versos, os obriga a sair das entranhas...Sempre foi assim com os maiores nomes e sempre será! Gostei muito deste soneto! Parabéns pela tua arte e escrita!

olha o existencialismo aí...

beijos