O fundamentalismo é a perda gradual ou radical da realidade, por uma intransigência na obediência de princípios e regras. Quem assim age perde toda a noção de valores, e torna-se fanático, na defesa dos seus ritos. Religiosamente é a doutrina que defende a fidelidade «absoluta» à interpretação literal dos textos religiosos. Uma pessoa ao tornar-se fundamentalista perde todo o sentido da razoabilidade, e, se acaso, alguma razão lhe assiste (?), perde-a por completo com este seu comportamento exacerbado. O fundamentalismo traz consigo a discórdia e as más interpretações, ficando a pessoa, que exerce esse modo de ser, surda e muda, a toda a existência de facto.
É ainda o fundamentalismo o causador de todas as guerras, entre religiões e seus sequazes. Passa-se a agir de uma forma desgovernada e condicionada, ao que se tem por certo. Deixa-se de pensar e de se raciocinar, para pegar em armas, e, a palavra, é uma das armas, que os fundamentalistas usam, para convencer as pessoas, dos seus actos irracionais e terroristas. A religião, nas suas variantes, sempre foi o elo mais próximo do fundamentalismo, senão veja-se a inquisição, ou as guerras santas. Nicho de serpentes o fundamentalista com o tempo foge de tudo o que é real, para passar a alimentar a sua doença, de uma forma rígida e destituída de valores morais.
As religiões são para se contemplar, para nos tornarmos melhores pessoas, mas elas próprias – as religiões – não convivem umas com as outras, e sempre andaram de costas voltadas, cada qual com o seu brasão e forma de doutrinar. É bom que haja diversas «igrejas», deixa-o de o ser quando barram o caminho, umas às outras, com o fundamentalismo a tomar posse e o absolutismo a ser a fé que rege os seus passos e costumes. De um modo mais «light», do fundamentalismo, há as «beatas», que professam uma coisa e fazem outra contrária aos princípios, que lhes são ensinados, quando saem das «igrejas», na outra extremidade está o terrorismo nu e cru.
E o terrorismo religioso vem de milhares de anos atrás, desde Cristo e suas profecias, veja-se o que os Romanos fizeram aos Cristãos, nas arenas ou pendurados em cruzes, junto com ladrões e assassinos: a humilhação levada aos extremos no desvalorizar da vida humana, só porque se professava diferenciadamente, do povo romano e de seus loucos Imperadores. Agora há os «homens bomba», muitos são jovens, e cada vez mais, na procura de agradar ao seu rabino, estes se oferecem ao sacrifício, que os levará ao «paraíso», que crêem piamente. Não haja dúvida de que são os rabinos a fomentar o terrorismo psicológico, junto de seus aprendizes, e que dão ordens para o suicídio de massas.
Os padres cristãos fazem outro género de terrorismo, o despotismo e a divisão entre o seu «rebanho». Dizem que devem defender a sua causa e a sua casa (a igreja) e que os outros religiosos são pecadores, não merecedores da simpatia de Deus, que tudo vê e levará para o inferno, os que não seguem o caminho traçado pelos padres católicos, sobre o jugo do Vaticano, em nome de bispos e de Papas, teólogos e afins. É o corte radical, onde as pessoas são estigmatizadas, carregando uma pesada cruz: «a do preconceito». Se Deus é só um porque estas afrontas, partindo do princípio de que somos todos iguais à nascença e pela morte? A uniformidade dos vários conceitos, tem de se sentar à mesa e entrar em acordo, essa é a divida e o que Deus escolheu para os Homens.
Jorge Humberto
22/09/10