Sou estranha, e me acanha o fino trato da arte
Sedutora mania de descrever o meu mundo
Rimando abelha, creia ou um chapéu vagabundo
Faço dessa mania uma doença que me arde!
Os poros se estendem, as mãos suam
As pupilas se dilatam e o coração palpita
Vejo-me já velha a anos luz na cripta
Sorriso de mulher, nos versos que atuam...
Nessa breve existência que todo ser humano
Tem de seguir...esse é o preço mais insano
E sigo então nessa mania de escrever!
Se eu me calar um dia...não serei mais eu!
E sim, alguém já da alma disse adeus
Porque escrever poesia é meu vício de viver!
"Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende." (Guimarães Rosa)