Crónicas : 

CONTRA A MORTE DE MULHERES AO DAREM À LUZ

 


Continuam a morrer mulheres, depois do parto, por não haver centros hospitalares, com os recursos devidos. Médicos credenciados não há, é tudo feito naturalmente, por vizinhos e familiares, e muitas mulheres esvaiam-se em sangue e seus bebés morrem, juntamente com a elas, porque a ajuda não chega à África
profunda, às aldeias perdidas, das grandes metrópoles, às Américas Latinas. É preciso avançar, com os países ricos e desenvolvidos a investirem na medicina, nos países pobres. É preciso pessoal abalizado e insigne, que viaje para esses centros desterrados, para porem o conhecimento ao serviço do povo, salvando mães e filhos. A despesa não é assim tão grande quando se fala de vida humanas.

Há alguns centros de campanha, mas é pouca coisa, para o que se pede e urge tratar, e milhões de meninas e de meninos, em África, e noutros países pobres e ricos, com uma pobreza envergonhada, morrem com menos de cinco anos. Precisa-se de pessoal conhecedor da causa, para fazer passar a informação, aos jovens casais. O Planeta está a ficar envelhecido, pois há uma grande falta de crianças. Em Portugal, um país supostamente desenvolvido debate-se com os recursos médicos, que cheguem às aldeias mais isoladas, e deu-se o caso de em oito anos não ter nascido nenhuma bebé, numa aldeola portuguesa, até há uma semana atrás, para felicidade de seus pais e da mãe que foi tratada de cuidados.

Divulgue-se esta catástrofe, este homicídio, nos jornais e nas televisões, não só num dia, para fazer de conta que se importam, os políticos e as suas campanhas eleitorais. São nove milhões de crianças que morrem todos os anos, isso é de envergonhar qualquer governante de boa fé. Eles têm os meios e os favores, só precisam levantar a sua voz, em prol desta enorme necessidade social e humanitária. Quem não cuida das mães e dos recém nascidos, ou crianças inermes, não pode ser uma boa sociedade. Mas há muitos países que precisam de mil cuidados, pois por eles próprios não conseguem vencer a batalha. É preciso mais médicos e hospitais e saneamentos básicos, para que as mulheres não morram, ao dar à luz.

Vamos nos unir, como fez a insigne e excelsa poetisa, Silvia Mendonça, e repassar emails, com informação bem clarificada. E votemos, para que as nossas preocupações não justifiquem, na retina de cada poeta, a morte, por falta de condições, de mulheres ao darem à luz, o que seria uma nova vida, com mãe e bebé a salvos, em centros hospitalares, que precisam ser erguidos. Um hospital fica por vezes a 80 quilómetros da casa dos pais, sendo eles pobres não têm condições para viajar de tão longe, não há dinheiro, então têm os filhos em casa, com toda a agravante que isso traz, é demais atroz e revoltante. Façamos a nossa
parte como mulheres e homens da cultura, para levar este barco a bom porto.

Jorge Humberto
21/09/10

 
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jorgehumberto
 
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