Sinto tristeza em mim.
Profunda tristeza. Ela apoderou-se do meu espírito devagarinho, tão de leve que só hoje me apercebi.
Em cada olhar para uma criança negligenciada, no amigo que se revelou inimigo, nas noticias de tanta intolerância, na desilusão familiar, num sonho desfeito, ela foi chegando pé ante pé.
Já não sou eu, mas este sentimento de tristeza que me guia por um caminho sem orientação, para uma vida para a qual não encontro sentido.
Queria parar de viver para apagar esta tristeza que me comanda e consome.
Marialva