Pressinto-te longe...
queria-te bem perto...
pressinto-te noutro curso...
vem para o meu...
pressinto-te a navegar...
quero-te a velejar,
pressinto-te madrugada fora,
percorre-a a meu lado,
da-me a mão,
agarra-a,
crava-a,
funde-a na minha...
funde-te em mim...
e podem vir as ondas,
pode vir o mar...
encrespado depois da hora...
eclipses lunares brilharão à tua luz...
sons do além, e até a maré aquém da vida...
ter-te aqui e agora...
poder beijar teus lábios,
poder sentir rendados carinhos,
poder sentir rendados sons estrelados,
e em cada som que me dedicares eu irei dizer-te:
não desistas...
eu irei amar-te até o sol explodir e a terra se quebrar,
não desistas,
o caminho é o raiar do teu brilho eternizado no meu coração,
porque tu és amor a nascer das minhas veias,
nao desistas,
abre o teu peito, deixa la morar o meu coração,
porque tu és razão do meu olhar,
razão do meu sopro e no dia que fechar os meus olhos,
quero-te levar no olhar,
não desistas,
este é o nosso caminho, a nossa sina,
o nosso destino, diz que me amas,
e em cada letra ama-me mil vezes,
e em todos os sopros do silencio eu jurarei,
que nunca te vou magoar porque estou...
eternamente apaixonado...
Alexander the Poet