Continuo preso à sombra da tua imagem
Com correntes denegridas pela inequívoca dor.
Sentir-me tão afundado no rio do amor,
Mas saber que não passa de miragem…
Continua vivo na memoria o teu odor,
Como brisa retratada numa paisagem.
Mas são tantas as duvidas que me constrangem,
Mentiras esculpidas na alma sem pudor…
E tudo não passa de mera corrosiva ilusão.
O teu rosto, o teu corpo, o teu sorriso.
Tudo não mais que simples poeira…
Oh! Se te tive por momentos à minha beira!
Seria apenas nos restos de um sonho hoje impreciso
E lá eloquente da verdade, deixei o coração…
Paulo Alves