Ai leve, doce, amena respiração que se desprende de mim.
Morri no tempo.
Toquem-se as teclas no piano amado,
que me queima por dentro na miríade cintilante que desabrocha como frenesim de prazer em eclipse.
Dava-me, na penumbra, ao de leve, quase sagrado, pluma negra, esvoaçante na dança e no turbilhão de pensares, que me assola na forma antiga.
Há manchas quebradas nas mãos que se ocultam.
Dedos que fazem parte da magia do tempo.
Mãos que se exaltam na névoa do sabor frenético.
Escondo-me de mim.
Olvido todas as palavras que me gritam em loucos brados.
Sou semente intemporal, ocultada na flecha que dispara quebradiça, mole, transparente na areia deixada pela maré salgada.
Doravante serei apenas chamado pelo meu próprio nome.