Sorte solitária
No encalço da peugada.
Sombra sombria
Na neve fossilizada.
No âmbar do horizonte,
Desnudadas pelo ar
Gelidamente glaciar
Árvores de bronze.
Pelas ruas, transeuntes,
Folhas de topázio
Acorrem em epitáfio
Acorrentadas nas correntes.
Sem destino
Voa Pensamento aquilino.
Sem tino
Serpenteia corpo serpentino.
Num cosmos repleto de vazio,
Murmúrios e murmurinhos,
Abruptos, suspendem diálogos
Com o taciturno silêncio.
E ela... exótica e esotérica,
Acorda a onírica estética,
Em pesadelos cor-de-rosa.