No meu mar de sonho, rolam teus seios,
Esse corpo, costa escarpada de ilusão,
Onde se desfaz em espuma, a rebentação,
Do meu querer, tempestade sem freios.
Sopro, frio, quero ver por todos os meios,
Esvoaçarem ondas da minha tentação,
Encolheres-te, murmúrio de submissão,
Dura, rocha sulcada de sublimes veios.
Bafejar-te com incessante ardor,
Sentindo sair dos teus lábios um rumor,
Sendo a gota trémula que te percorre.
Os elementos, se os queria encarnar!
Diferentes formas de sempre abraçar,
Eles, onde te vejo e a esperança morre.