Sombrio bosque de flores fechadas e primaveris,
que se aninham para ser morada dos pássaros negros,
que se escolhem pela intensidade da luminosa dor,
que se expandem, uivando como lobos de pele parda.
Extinguem-se-me os fogos na névoa do olhar.
Cimentam laços com sangue do cordeiro alado.
Visões enlouquecidas em mim.
Já não sei mais quem sou.
Quem és.
Nem o nome do passado obscuro que me lambeu o sono.
Salivo-me perante a lasciva alvorada,
que toco indelével nos teus mamilos doces,
que amacio com as minhas unhas salgadas na chama,
na petrificada nojeira de um dia a mais.
Cansado, sempre, pela barulhenta e nauseabunda alheia e negra, onda marítima que me falta, que me trás lembrança, que me atiça a mortalha enegrecida de mais um trauma passado,
que recordo na perfeição.