Um dia o passo andou sozinho
Devagarinho,pelos cantos pelas beiradas
Solitário com o aperto por perto
Com a lapada do coração cansado
Ao velho passo palpitar, tão distante
Como um bobo do tempo que sonho
Que faço o encontro o futuro sonhado
Fico a escrever o que me lembro
Na noite, pela madrugada,igual um nada
Até o dia no seu recanto guardado
O pensamento anda e, se solta da questão
E dela fica preso em todos instantes
Em que o verso se sente na solidão
É na noite que se acende a lareira
E que queima no peito aquilo que me importa
É na sola o som dos passos sós ao pé da porta
É que me deixam no próprio ruido isolado no cantinho
E na noite que se apaga a lareira
Fico sozinho.