Esta imagem retorcida, angulada, arrevesada,
disformemente reflectida no espelho das águas...
... não reconheço o gesto, o tacto.
Nem a força carregada nas órbitas. No azul
que é verde, no verde que é mate.
Nem o cheiro necessário e harmonioso,
tão pouco a voz ébria do mosto,
do canto que expele lombrigas pelos ânus da vida,
que suprime segregada e muda a fome de muitos dias.
Esta reprodução líquida em águas frias,
que se eleva em fumarolas, tais pedras rubras,
em espirais definitivas de nervos degolados
À voz dos dedos
À voz dos cérebros
Aos acervos fósseis e suas escórias.
Abro as vagas e as marés, por dentro,
rasgo folhas gelatinosas ao tempo,
aniquilo ramagens imprecisas num espasmo,
num cio por fim liberto no eco de uma concha
residual e sua ostra.
Gloriosamente amortalhada,
deslizo imagem baça em estendais de chuva.
MT.ATENÇÃO:CÓPIAS TOTAIS OU PARCIAIS EM BLOGS OU AFINS SÓ C/AUTORIZAÇÃO EXPRESSA