Balançam as águas por sob a fria espuma!
Meus sonhos!...Já leva a correnteza...
Demuda o céu!...E uma nuvem escura!
Chora em lágrimas de tristeza...
No Tejo, meu olhar intenso!
Fenece na foz do rio que tão triste contemplo...
E ao crepúsculo, no leito denso!
Deságua tudo o que dela eu me lembro...
Em vã desesperança, reclama o rio comigo!
Onde estão teus sonhos de outrora?!
Sim!...Onde estão teus poucos amigos?!
Vês?!...Nem a namorada te estende à mão!
Nem ela, que tanto te amou, agora!
Sequer segura à alça do caixão...
(® tanatus - 17/09/2009)