Eu; abrupto
Com meu coração correndo
Sinto ainda na boca
O amargo da traição ou veneno
A procura do amor que me engana;
Estaria ela a me receber?
Ela sempre me espera;
Como espera a mãe a dor, o filho.
Eu, Impaciente
Com meu coração batendo
Faço alusões com meus pensamentos
Tento adiar o encontro ou ludibriar o tempo
Mas ela é para mim como à morte
Que me espera vestida de anseios
Ela sempre me espera;
Renuncio então a própria vida
Abrindo mão do meu coração
Que não corre mais;
Eu, abrupto
Sinto secar a boca
Da vida que me traiu ou a morte
Estaria ela a me receber?
Ela sempre me espera.
Marcelo Henrique Zacarelli
Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Itaquaquecetuba, Setembro de 2010 no dia 11