Poemas : 

SAPOS INDIGESTOS

 
Olhei
Foquei
Desviei
Voltei
Não acreditei

Descargas hormonais
Tudo pretejou
Vermelhou
Adrenalinou

Pensamentos:
A baiana rodar
Nas tamancas subir
Desejos:
Esfolar
Arrancar
Torturar
Destruir

Qual nada
Fiz pose de rainha
Dama blasé
Jamais me rebaixar


De que valeu?
Aqui estou eu
Sapos indigestos a engolir
E o fel , internamente a destilar






 
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KitiMotta
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Enviado por Tópico
GeMuniz
Publicado: 15/09/2010 03:36  Atualizado: 15/09/2010 03:36
Membro de honra
Usuário desde: 10/08/2010
Localidade: Brasil
Mensagens: 7283
 Re: SAPOS INDIGESTOS
É assim mesmo Kiti: ao final sempre tem um sapo a se engolir. A gente naõ queria, nem sabia que era sapo, mas ele coaxa no meio de nossa garganta como que a dizer: "sapo presente"!

bjs


Enviado por Tópico
jlpf
Publicado: 15/09/2010 10:13  Atualizado: 15/09/2010 10:13
Super Participativo
Usuário desde: 16/02/2009
Localidade: Lisboa
Mensagens: 137
 Re: SAPOS INDIGESTOS
Adorei o seu poema

Utilizou a razão e o bom senso contra todas as emoções carnais e destrutivas que evoca no início do poema. Engoliu o sapo, e internamente destilou o fel, mas o tempo lavará o fel do organismo, e ficará com a boa memória e a consciência limpa de não ter trilhado o rumo da provocação e da raiva... A serenidade venceu... (são tudo conjecturas :)

Parabéns pelo seu poema

JPF