E é mesmo porque estamos assim
Somos nobres de pobreza
Estamos fracos, cansados e indefesos
Fingimos não existir e aceitamos sobreviver
Para poder dividir a metade do pão
A todas as culpas há razão
Por todas as desculpas existem a fome
Estamos sofrendo para ter a nobresa
Por onde ando a esperança pede comida
Todos tem a gentileza
Em seus olhos feitos de plástico
E fingem não olhar
A beleza que nos foi roubada
Dai escrevem sobre o sofrimento
E não sabem o nome dele exatamente
Porque a vida devora a alma
E nem sabemos qual é a cena desse final
Estamos de lado alimentados pelo silêncio
Enquanto outros então feridos e com friu
Seja bem quem somos sejemos, ou sejamos
Veja como estamos ou estaremos na luta
E a fome a guerra que perdemos felizes
Ganhamos sorrisos pelos inimigos derrotados
Na face dos rostos que estão doentes e fracos
E porque estamos assim carecas de saber
E os derrotados sempre fomos nós mesmos..