Poemas -> Dedicatória : 

Carta Registada

 
Mãe, quando meus olhos mordem esta terra escura
sinto o peso, sinto frio.
Retenho então a tua presença distante e sempre pressentida
na minha própria história escrita pelos teus passos.

Hei-de resgatar a nossa vida!
Nem que seja numa só feliz imagem, pulsando na memória.
Os anos que não vivemos
As guerras que sentimos
A cúmplicidade de um olhar.

Acaso apenas seja o tremor de um instante, na presença desta manhã.
Mãe, quero ficar, ser o teu sol primeiro,
O raio ninar de um regaço
que, ao se unirem, o amor proclama
pela simples felicidade de estarmos juntas
e, que nem esta terra escura consegue(nos) separar.


" An ye harm none, do what ye will "

 
Autor
HorrorisCausa
 
Texto
Data
Leituras
1026
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
2 pontos
2
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Mel de Carvalho
Publicado: 15/08/2007 15:52  Atualizado: 15/08/2007 15:52
Colaborador
Usuário desde: 03/03/2007
Localidade: Lisboa/Peniche
Mensagens: 1562
 Re: Carta Registada
Belíssima homenagem.
Nem a terra escura nos separa de quem amamos.
Há oito anos perdi a minha mãe, por isso, amiga, este poema faz-me todo o sentido.

Solidariamente
Abraço, Mel

Enviado por Tópico
Ajota
Publicado: 16/08/2007 07:54  Atualizado: 16/08/2007 07:54
Da casa!
Usuário desde: 07/05/2007
Localidade: Caldas da Rainha
Mensagens: 254
 Re: Carta Registada
Bem que senti Tuas belas palavras sentidas.

Deixo um Beijo *