Poemas -> Introspecção : 

As barbas de Monet

 
Vejo-me no SOL Nascente impressionado com as barbas de Monet
Quando, na Catedral de Ruão me deito,
Entre linho, cânhamo e algodão numa harmonia em cinzento.
Vejo me entre um vestido branco e o pormenor da ponta de espátula
Na Praia de Trouville…,
Talvez sejas tu? Camille com um chapéu colorido e Madame Boudin de vestido escuro
Vejo me na rua Montorgueil, nas bandeiras…na multidão
E no Campo das Papoilas, passeando num contraste colorido
De pinceladas vermelhas e verdes ao fundo.
Vejo, as Mulheres no Jardim… Monet cavando uma trincheira,
Descendo a tela para ter o seu próprio ponto de vista.
E no Lago dos Nenúfares me vejo, entre o reflexo da água e obsessão.
Pela Manha com Salgueiros-Chorões considero me de qualidade abstracta,
Tomando forma e composição. Monet! Não fiques cego…
Camille arrasta um longo vestido verde em direcção ao escuro.

Caopoeta


Aglutinemos nossas almas, talvez possamos dar um pouco de alegria à nossa infindável tristeza.

 
Autor
Caopoeta
Autor
 
Texto
Data
Leituras
2174
Favoritos
1
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
10 pontos
2
0
1
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Paulo Afonso Ramos
Publicado: 15/08/2007 07:23  Atualizado: 15/08/2007 07:23
Colaborador
Usuário desde: 14/06/2007
Localidade: Lisboa
Mensagens: 2080
 Re: As barbas de Monet
Olá Caopoeta
Uma forma diferente que torna-se numa ideia gira.
Parabéns
(apenas uma pequena distracção em: vejo-me - coisa natural e que já aconteceu comigo também)
Gostei muito
Abraço