Crónicas : 

O gosto amargo da morte!

 
 
O gosto amargo da morte!


A maioria das pessoas sempre se preocupa com a morte, muitas tentam escapar pela tangente, mas no final essa é a primordial preocupação.
Uma grande prova disso é a quantidade inimaginável de seitas e religiões, de todos os tipos e gostos, pregando paz, violência, abstenção e tudo o mais...
Nesse tumulto, o ser humano sente-se impotente diante do corte dessa foice, que é terrível, muito difícil de aceitar.
O nosso primeiro contato com essa dona, é sempre com o animal de estimação, durante a infância, a gente faz de tudo com esse brinquedo, quando o bichinho sucumbe, abrimos o maior berreiro.
Seguindo a ordem da natureza, sempre a nossa doce vovozinha “dança” primeiro, isso porque o vovô já foi há tempos! A reunião aparece para determinar e organizar a situação, presumivelmente a contagem regressiva começa forte, se tivermos muitos irmãos o paredão ajuda, e como!
Mas não demora muito, quem vai para a berlinda é o pai ou a mãe, infelizmente o grito de tristeza ecoa dentro da alma e passamos a perceber que de fato a vida é passageira, de qualquer maneira temos que partir, para uma melhor ou pior, mas esquecemos que a morte não é somente por doença, quem vai assim encaminhado pela velhice, sai ainda mais feliz, o pior é que quando alguém quer trabalhar para “a menina” e resolve ceifar a vida alheia, num bárbaro crime, cuja sociedade teima em não aceitar, mas com a violência e a crise que assolam o país, a diminuição de homicídios torna-se uma verdadeira utopia.
Em uma nação em que as pessoas dizem que não existe guerra, a “mardita” sempre dá um jeitinho de levar pessoas para o caminho “certo”.
Sempre quando levanto no meio da noite, ponho-me a refletir, pois o sono tem traços semelhantes ao da morte, ao dormirmos, morremos por um certo tempo, afinal estamos lá esticados, inertes, por um determinado tempo, e se não nos levantarmos mais? dormirmos o sono eterno?
A vida é um grande presente, um milagre divino, e como um menino egoísta nunca aceitamos perdê-lo, queremos brincar até o fim do dia, mas a “mãe zelosa” nos chama, dizendo que é hora de dormir, porém somos malcriados e teimamos, insistimos, contudo terminamos provando o remédio amargo da “mamãe” com um gosto amargo e agonizante, que não tem jeito, mas na hora do remédio, quero um torrão de açúcar para a partida ser bem doce, e que sempre lembrem que a imortalidade é um sonho de todo humano e eu serei sempre imortal, durante todo o tempo, afinal o escritor tem esse dom que nem a morte nos toma.

Marcelo de Oliveira Souza




Marcelo de Oliveira Souza,IwA
Dr. Honoris Causa em Literatura
site: www.poesiassemfronteiras.no.comunidades.net - Concurso Literário
blog: http://marceloescritor2.blogspot.com
Instagram: @marceloescritor2


O gosto amargo da morte!


A maioria das pessoas sempre se preocupa com a morte, muitas tentam escapar pela tangente, mas no final essa é a primordial preocupação.
Uma grande prova disso é a quantidade inimaginável de seitas e religiões, de todos os tipos e gostos, pregando paz, violência, abstenção e tudo o mais...
Nesse tumulto, o ser humano sente-se impotente diante do corte dessa foice, que é terrível, muito difícil de aceitar.
O nosso primeiro contato com essa dona, é sempre com o animal de estimação, durante a infância, a gente faz de tudo com esse brinquedo, quando o bichinho sucumbe, abrimos o maior berreiro.
Seguindo a ordem da natureza, sempre a nossa doce vovozinha “dança” primeiro, isso porque o vovô já foi há tempos! A reunião aparece para determinar e organizar a situação, presumivelmente a contagem regressiva começa forte, se tivermos muitos irmãos o paredão ajuda, e como!
Mas não demora muito, quem vai para a berlinda é o pai ou a mãe, infelizmente o grito de tristeza ecoa dentro da alma e passamos a perceber que de fato a vida é passageira, de qualquer maneira temos que partir, para uma melhor ou pior, mas esquecemos que a morte não é somente por doença, quem vai assim encaminhado pela velhice, sai ainda mais feliz, o pior é que quando alguém quer trabalhar para “a menina” e resolve ceifar a vida alheia, num bárbaro crime, cuja sociedade teima em não aceitar, mas com a violência e a crise que assolam o país, a diminuição de homicídios torna-se uma verdadeira utopia.
Em uma nação em que as pessoas dizem que não existe guerra, a “mardita” sempre dá um jeitinho de levar pessoas para o caminho “certo”.
Sempre quando levanto no meio da noite, ponho-me a refletir, pois o sono tem traços semelhantes ao da morte, ao dormirmos, morremos por um certo tempo, afinal estamos lá esticados, inertes, por um determinado tempo, e se não nos levantarmos mais? dormirmos o sono eterno?
A vida é um grande presente, um milagre divino, e como um menino egoísta nunca aceitamos perdê-lo, queremos brincar até o fim do dia, mas a “mãe zelosa” nos chama, dizendo que é hora de dormir, porém somos malcriados e teimamos, insistimos, contudo terminamos provando o remédio amargo da “mamãe” com um gosto amargo e agonizante, que não tem jeito, mas na hora do remédio, quero um torrão de açúcar para a partida ser bem doce, e que sempre lembrem que a imortalidade é um sonho de todo humano e eu serei sempre imortal, durante todo o tempo, afinal o escritor tem esse dom que nem a morte nos toma.

Marcelo de Oliveira Souza


 
Autor
marcelooso
 
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