exuberância
cheia de encargo
saia rodada
cabelo oxigenado
tranças nos peles
pelo meio das pernas
penas compridas
língua vestida
do branco
caído perto do umbigo
morenas também
cabelo escorrido
pelos dentes
saídos
no fel da pele
vestem jeans
e escrevem a mel
a cor da vergonha
que se esqueceram
de um dia aprender
usam avatar
com a ponta do dedo
esticada
os quatro voltados
invisíveis ao lado
que não querem olhar
saem a rua
na mão das crianças
para assim inspirarem confiança
também levam o fiel corno
dizem que dá sorte
Do livro: Pobreza e miséria em visões...edição brevemente