Fito com meus olhos embargados
de alegria
o espanto do azul celeste.
As nuvens brancas como algodão
assemelham-se
a coisas indistintas e efémeras.
E o rio corre sereno para a sua foz
trazendo
barcos de recreio e de lazer.
Está um dia lindo de sol radiante
e as crianças
jogam ao peão e à cabra cega.
Apregoa-se o peixe na voz das varinas
chinelas nos pés
e roupa costumeira do dia-a-dia.
O mercado está lotado de pessoas
às compras
regateando o melhor preço.
E os pescadores fumando o seu cigarro
cosem as malhas
desgarradas e rotas das redes de pesca.
Turistas passeiam-se pelas montras
enquanto
apreciam o artesanato da aldeola.
Sorrisos nas faces rosadas das pessoas
dão um colorido
todo especial a este cartão de postal.
Mais uma manhã se passou afinal e eu
regresso
a casa feliz da vida pela beleza das coisas.
Basta um pouco de sol e de sonho
para realizar
mais um poema quotidiano e real.
Jorge Humberto
08/09/10