Do ato do voo pleno tens a flor à volta
No elo do teu voo como o vento insano
Dar voltas pelo sol sem ser leviano
Segura enfim do amor a porta!
Tuas penas incontestavelmente belas
São como o piano no dedilhar do astro
Tua celeridade é como o luar e a vela
A aquecer de amor o ar e o espaço!
Tão belo és que até a poesia se rende!
Ó sorriso menestrel da natureza humana!
Serás como o homem e tua alma vende...
À flor, e essa simbiose acontece
De forma natural e o sol te banha
Do calor dos trópicos numa prece!
Ledalge, 2010
"Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende." (Guimarães Rosa)