Eu canto o amor de ontem e o que hoje eu vivo
E ainda o que eu sonho que um dia há-de chegar
A necessidade de amar e ser amada nasceu comigo
E em mim há-de ser sempre um fogo a crepitar
Tive amores incandescentes, sentidos com loucura
Deusa sou e todos são deuses para os meus sentidos
Deixei marcas, ninguém poderá esquecer a ventura
Da doçura de mel que existe em meus íntimos fluidos
Dei-me toda, inteira, para cada amor que seduzi
Com todos os poros dilatados no suor do prazer
Até ao zénite de toda a minha energia de colibri
Há braços que reclamam pela minha ausência
Seiva latente que não se extinguiu e quer verter
No meu corpo apetecível e feito de carência.