O que minha alma sente "nem às paredes confesso"!
O que me vai no âmago talvez vire poesia
E por letras desencontradas sejam o regresso
Do que me vai no canto ou quem sabe na afasia!
Sou assim meio camaleoa na vida e na arte
Que nasci com o dom...ah isso eu sabia!
Tirar do meu espírito fina parte
E do que vivi a experiência que eu via!...
Um soneto quando me chega às mãos sem métrica
Pode ser igualado ao sol que se esconde
Ou o abraço do divino sem estética
Seja como for estou aqui de volta
Batendo de sobejo e sabendo onde
Estou de volta pra casa e batendo à porta!
Ledalge, 2010
"Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende." (Guimarães Rosa)