Quando à tarde lentamente caia,
O sol parecia se esconder entre as pirâmides
Avermelhando ao Nilo, numa suave magia,
E o vento sorria, fazendo revoar sua clâmide...
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Seguia adentrando o deserto, beijando a esfinge,
Para dar no horizonte o seu ultimo suspiro
Agora ao seu apogeu ele atinge,
Como um desenho revelado no papiro...
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E decai à noite, com o perfume dos bogarís,
Observando calada o desabrochar da flor do Egito
É a flor da vida, contemplada no templo de Osíris,
O Deus da fecundidade, na verdade de um mito...
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O vento anuncia seu segredo no silêncio,
Sê enunciando pelos caminhos estreitos
Esparramando pelas dunas, o odor do incenso,
Apagando as pegadas do homem perfeito...
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Há um oásis de palavras escondidas,
Incógnitas não reveladas nos afrescos
Segredos dos caminhos de Midas,
Podendo levar a infernos dantescos...
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Segredos do princípio da própria vida,
Reinando absoluto sobre o extenso domínio do Nilo
O vento que viu as pirâmides sendo erguidas,
E no meio do deserto, viu se fazer seu júbilo...
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E ali viu nasceram também os homens ouro,
Eram mortais filhos dos deuses, reis faraós
Encanando-se pelo caminho de seus tesouros,
E nas crenças cultivadas seus abávos...
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O medo do maldito, da praga indeterminada,
O nome das múmias, na tumba selada
O olho egípcio na pedra sagrada,
O sopro do faraó, numa alma maculada...
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E quem profana ao seu sagrado,
Da sua corda, formar-se-á um nó
Por este mal no tempo já anunciado,
E criptografado pelo sopro do faraó...